Sabe aquele ditado: ''Com mulher de bigode nem o Diabo pode!''... O post de hoje é sobre uma mulher forte, mas muito forte, e peluda, bem peluda, mas nem por isso deixa de ter sexy appeal, ui! O post de hoje é sobre um clássico da nossa literatura, Luzia Homem!
O que posso dizer é que amei esse livro e li em poucos dias, só a minha preguiça é que impediu que eu viesse aqui antes postar.
A história se passa no interior do Ceará, no final dos anos 70. Foi um pouco difícil me acostumar no começo do livro com o jeito 'rebuscado' das palavras usadas... É claro que os personagens falam palavras fáceis de serem interpretadas, mas o autor usa palavras dificeis para contar a história.
A Luzia é uma moça simples e batalhadora que cuida da mãe, a Zefinha, e elas moram em uma casinha simples. E pasmem, adivinhem onde a senhorita Luzia trabalha... Não, não é no bataclã! E sim na construção da prisão da cidade, ela é operária e deixa os homarada no chinelo! Tanto é que a apelidam de Luzia Homem, coitada, só porque é forte e por mais que pareça estranho, isso chama atenção dos homens e a maioria acaba pagando pau pra ela, as mulheres, o recalque sempre existiu no coração das pessoas, acabam perseguindo a pobrezinha e zombando dela em todo lugar.
Tanto que o soldado Crapiúna - safado cachorro - cai de amores por ela e faz de tudo para conseguir conquista-la. Ele fica tão alucinado que arma para o Alexandre, bofe tudibom que também é caidinho pela Luzia e ao contrario do Crapiúna, é um moço respeitador, e o pobre coitado do moço vai parar na cadeia. Nisso a Terezinha, ela é bem doidinha da cabeça, fica amiga da Luzia e resolve ajuda-la a provar a inocência do Alexandre, ela apela pra macumba, ô sarava e descobre que o responsavel pelo roubo do armazém é o Crapiúna filhote de cruz credo!
O final é triste... E acho que o autor quis passar um pouco da triste realidade de quem vive no sertão, que sofre com a seca e só tem a fé como esperança de dias melhores! Pra se ter uma idéia as pessoas que trabalhavam na construção da prisão, trabalhavam em troca de comida! Trabalhavam por ração... É um Brasil desconhecido que ninguém quer enxergar, de um povo que que sofre há muito tempo, mas que não abandona a fé, e mesmo na pobreza leva um vida digna, justa e de cabeça erguida.
Luzia Homem - Domingos Olímpio
Miss Queen
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